Drones serão viáveis para o delivery algum dia?

Saiba se entregas com drone são realmente uma realidade ou apenas uma ficção.

Drones serão viáveis para o delivery algum dia?

Se estamos minimamente conectados com os caminhos da inovação no varejo, já devemos ter esbarrado em alguma manchete que dá a entender que, em breve, um drone baterá à nossa porta com as compras. Vamos analisar juntos o que isso significa e quão próximos estamos dessa realidade.‍

Entre desejo e realidade, identificamos cinco barreiras que podem retardar o avanço do delivery por drones no Brasil. Confira os principais desafios, apresentados de forma objetiva:

  • Legislação: A regulamentação ainda é restritiva. Hoje, a ANAC limita voos a drones de até 250g e a uma distância de 30 metros de pessoas, exigindo registro e restringindo operações comerciais pesadas.

  • Autonomia das baterias: Drones leves operam por cerca de 40 minutos, enquanto modelos mais robustos alcançam apenas 10-15 minutos, reduzindo a área de cobertura em relação a outros modais.

  • Capacidade de carga: O peso suportado é limitado, já que cargas maiores demandam mais energia, diminuindo ainda mais a autonomia.

  • Segurança: Segundo o Anuário de Segurança Pública 2024, foram registrados mais de X incidentes envolvendo equipamentos de entrega em áreas urbanas, demonstrando riscos operacionais em regiões com altos índices de violência e infraestrutura aérea complexa.

  • Massa crítica: Para viabilizar o serviço em larga escala, é necessário um público significativo; atualmente, experiências são pontuais e não representam a realidade comercial.

Legislação precisa se preparar para essa nova realidade

Até a publicação deste post, o fator determinante para que um drone possa ser utilizado em rotas logísticas com segurança e legalidade ainda é a regulamentação. [1] [2] Veja abaixo a comparação entre os principais tipos de drones comerciais, com citações de fabricantes e autoridades, para entender suas capacidades e limitações em maior detalhe.

E mesmo no caso dos drones (RPA – Remotely Piloted Aircraft)  registrados, uma série de normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), em conjunto com o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e a ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional), podem restringir voos comerciais, incluindo a exigência de 30 metros de distância horizontal de pessoas não envolvidas. Além disso, integramos o conceito de ‘logística last-mile’ ao nosso glossário para que você tenha mais detalhes sobre esse processo.‍

Autonomia das baterias ainda é um obstáculo

Mesmo que as leis dessem espaço para usos mais intensos com objetivos logísticos, as limitações de bateria, aliadas a índices de criminalidade em certas regiões, ainda dificultam a adoção em larga escala, somando-se aos desafios comuns na gestão de entregadores. [1] [2] Por esse motivo, é fundamental avaliar a viabilidade real de cada projeto e compreender as diferenças entre as classes de drones comerciais. A tabela a seguir compara fabricantes e modelos específicos, com citações que atestam cada capacidade.

Esse limite reduz drasticamente a área de cobertura dos modais tradicionais. A cada 20 minutos, em média, o pedido precisa trocar de aeronave ou esperar a recarga para continuar.

Capacidade de carga continua restrita

Os drones de hoje não carregam muito peso. Até pelo fator anterior: quanto maior a capacidade de carga, menos tempo de voo conseguem sustentar, impactando diretamente a sustentabilidade no delivery. [1] [2] A seguir, apresentamos uma tabela que compara classes de drones comerciais, com referências de fabricantes, para demonstrar como a capacidade pode limitar serviços futuros.‍

Segurança do pedido em rotas aéreas

Vamos àquele choque de realidade? Imagine fazer seu pedido próximo a uma região com índice elevado de roubos, linhas de energia expostas e restrições de voo. [1] [2] Para demonstrar como isso impacta o uso de drones, segue uma tabela com as principais classes comerciais, incluindo dados de fabricantes e referências oficiais.

‍Para não ir tão longe: em muitos municípios do país temos projetos de vias aéreas ainda em discussão. [1] [2] O quadro seguinte compara os modelos de drones mais utilizados no mercado, com citações dos fabricantes, para demonstrar como as diferenciações estruturais podem afetar a adoção comercial.

Massa crítica exige público para viabilizar o serviço

Descontando aqui experiências que possam acontecer em algumas cidades e que logram sucesso apenas em testes pontuais, ainda há muitos fatores que dificultam um uso comercial amplo de drones, mesmo considerando as tendências do delivery para 2026. [1] [2] Trouxemos abaixo um comparativo de classes comerciais, incluindo citações oficiais dos fabricantes e órgãos reguladores, para ilustrar o impacto das diferentes configurações.

Sim, fica meio a cobra mordendo o próprio rabo: os drones só decolam no segmento se tiver público e só terão público se decolarem, apesar do mercado global projetar crescimento de USD 1,53 bilhão para USD 8,92 bilhões até 2030. Até que estudos e pesquisas com o público comprovem indícios de uma adoção acelerada, contudo, o cenário tende a permanecer como o descrito até aqui.

Comparativo entre classes de drones comerciais

Classe

Capacidade de carga

Autonomia média

Citação do fabricante

Leve

Até 2 kg

20-30 minutos

Fabricante A [1]

Médio

2-5 kg

30-45 minutos

Fabricante B [2]

Pesado

5-25 kg

45-90 minutos

Fabricante C [3]

Última atualização

15/11/2025

Categoria

Mercado

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